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terça-feira, 24 de novembro de 2015

[RESENHA] Perdido em Marte - Andy Weir

Está aí uma coisa que nunca pensei que faria: Tirar foto com batatas. Quem leu o livro vai entender.

Olá, pessoas! Como vão? Bom, hoje eu vim falar de um livro que eu li completamente por acaso e que se tornou responsável por me tirar completamente da minha zona de conforto (e que eu agradeço muito por isso). Eu já tinha ouvido falar desse livro em blogs e no booktube, e por mais que a maioria das críticas tenham sido bem positivas, eu não tinha vontade nenhuma de lê-lo. Aliás, esse livro tinha -quase- tudo para eu não gostar dele. Bem, acho que levei um tapa *risos*, pois Perdido em Marte se tornou um dos meus livros favoritos e explicarei tudo o que achei direitinho nessa resenha. 
Espero que gostem!

Sobre a história


Perdido em Marte vai contar a história de Mark Watney, um astronauta que faz parte da missão Ares, missão feita pela Nasa com a proposta de enviar astrounatas à Marte com o intuito de "expandir os horizontes da raça humana". Com isso, várias missões Ares foram feitas, sendo Mark um tripulante da terceira missão (chamada Ares 3). 

Ao chegarem em Marte, porém, os 6 tripulantes da nave Hermes foram surpreendidos com uma forte tempestade de areia. Isso fez com que a missão fosse cancelada e eles fossem obrigados a voltar para a Terra o mais rápido possível antes que a tempestade impedissem sua decolagem.

Porém ao tentar voltar para a Hermes, Mark foi atingido por destroços que voavam graças à ventania, motivo que fez toda sua tripulação deduzir que ele havia morrido e decolar a nave espacial sem Mark a bordo. Agora, o astronauta botânico terá que lutar pela sua sobrevivência em um planeta completamente solitário, sempre com a esperança de um dia voltar para casa. "Com um forte embasamento científico real e moderno, Perdido em Marte é um suspense memorável e divertido, impulsionado por uma trama que não para de surpreender o leitor".

O que eu achei
O próprio livro tem um mapinha de Marte. Foi beeeem útil.

Bom, primeiramente acho que devo salientar que quando a sinopse do livro fala que Perdido em Marte tem "forte embasamento científico", ela está falando muito -muito- sério. Se eu fosse marcar todas as vezes em que a física, a química, a biologia e a matemática são utilizadas na história, não haveriam post-its suficientes. Isso já é de se esperar, já que é um livro de sci-fi e o autor, aos 15 anos -15 anos, gente, 15 anos- já havia sido contratado como programador de um laboratório e hoje é engenheiro de softwares. Então se você for ler esse livro, esteja preparado para ver muito disso. "Ah, mas eu não entendo de nada disso!" Haha, nem eu. E isso não afetou nem um pouco minha leitura.

"Diário de bordo: Sol 39 [...].
Então, este é o plano: primeiro, ensacar batatas e trazê-las para o veículo espacial [...]. Depois diminuir a temperatura do Hab para 1ºC. Em seguida, reduzir o teor de O2 para 1 por cento. Queimar o hidrogênio com uma bateria, alguns fios e um tanque de O2.
É, parece uma grande ideia sem chance de um fracasso catastrófico.
A propósito, isso foi sarcasmo.
Bem, por hoje chega".

Basicamente toda essa parte técnica que o livro compõe se encontra nos momentos em que Mark Watney (e alguns outros personagens que vão aparecer ao longo da história) precisa criar algo ou consertar algo, e contanto que você saiba o que ele está planejando fazer, você consegue chegar a resolução sem perder a cabeça. Não é preciso entender 100%, apenas entender o que ele pretende fazer. Seja criar água com hidrogênio e O2 líquido, seja usar suas fezes como adubo para plantas batatas.


Saindo um pouco do vetor "sci-fi", gostaria de falar mais sobre o Mark Watney. Ele, que se tornou um dos meus personagens literários favoritos, é um típico homem que pode ser facilmente representado pela frase "rir para não chorar". É um personagem extremamente cômico, e mesmo estando perdido em um planeta, sozinho e com poucas chances de sobrevivência, não abre mão disso.

"Diário de bordo: Sol 31.
Porque o Aquaman consegue controlar baleias? Eles são mamíferos! Não faz sentido".

Isso me ajudou muito a me conectar com a história. Como eu disse anteriormente, esse livro tinha tudo para eu não gostar dele. Primeiramente porque é um livro de sobrevivência, o que não é uma das minhas opções favoritas de leitura normalmente. Costumava achar que se fosse ler algo do tipo certamente ficaria entediada e largaria o livro na metade. Segundo: boa parte dos livros de sobrevivência que eu já havia visto/pesquisado tem drama em sua história, um gênero que eu não curto muito. Então eu realmente acreditava que eu não gostaria dele. Porém o fato de Mark Watney ser um cara cõmico e não sentimental fez com que a leitura se tornasse muito prazerosa para mim, e na metade do livro eu me encontrei sem conseguir parar de ler, apenas para saber se ele conseguiria voltar para a Terra.

Além disso, a história não é parada. Mesmo boa parte da história focando nas tentativas de Mark em conseguir comida, água e um lugar para descansar, isso não torna o livro parado. Muitas cenas se passam no controle da Nasa e na nave Hermes, e isso agregou uma dinâmica muito boa ao livro, pois além do personagem principal temos a possibidade de conhecer e se envolver com vários outros personagens sem sair do foco principal da história, claro, que é salvar o "Rei de Marte" (é, Mark se intitula assim depois de um tempo).




Em resumo, esse livro serviu para me tirar completamente da minha zona de conforto e me dar novas opções de leitura, agora dentro da ficção científica. Recomendo-o a todos e acho que é uma leitura que realmente vale a pena. Dei 5 estrelas <3

É isso, gente! Espero que vocês tenham gostado dessa resenha! Muito obrigada por ter lido e até a próxima resenha! Tchau. tchaaaau!

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