Image Map

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

[RESENHA] O Despertar do Príncipe - Colleen Houck


Olá pessoas! Tudo bem? Bom, depois que o ENEM passou minha vida se tornou muito mais simples. Agora finalmente estou tendo tempo para escrever resenhas, ler e tudo o mais. Basicamente a época pré-enem é quase uma véspera de ano novo. Todo mundo faz promessas como "depois do ENEM eu vou entrar na academia", "depois do ENEM eu irei para um milhão de festas", e eu, claro, não fiquei de fora (e estou finalmente fazendo tudo o que havia prometido, a começar pelas leituras). Eu estava com vários livros para ler em casa e assim que o dia 25.10 passou, comecei a finalmente lê-los. O primeiro livro pendente que li foi O Despertar do Príncipe, da Colleen Houck, e é sobre ele que irei falar hoje. Espero que gostem!



Sobre a história...


O Despertar do Príncipe tem como protagonista uma garota chamada Lilliana Young. Vinda de uma família rica, vivendo em uma linda casa no centro de Nova York, Lily sempre teve uma vida boa e com muito luxo, porém tantas regalias assim escondiam uma situação um pouco crítica em sua vida. Seus pais, ausentes por causa do trabalho, tentavam sempre torná-la um "modelo de filha promissora". Ela era sempre obrigada a se encontrar com as filhas dos amigos influentes de seu pai para conseguir mais crédito no meio empresarial no qual ele queria que ela trabalhasse, além de, por estar no último ano do ensino médio, ser muito pressionada por seus pais a fazer "algo que desse muito dinheiro" (como eles diziam) proibindo-a de ser uma pesquisadora, algo que ela sonhava em ser. Embora fosse difícil aturar tudo isso, Lily normalmente conseguia suportar essa pressão de forma relativamente boa e focar em sua vida luxuosa e atraente.

Um dia, no que deveria ser apenas mais um desses encontros com as filhas dos seus "futuros colegas de trabalho", porém, algumas coisas fora de seus planos aconteceram. No encontro em questão, Lily foi ao Metropolitan Museum of Art (Museu Metropolitano de Arte), local escolhido para a ocasião. Por ter chegado mais cedo do que o esperado e por conhecer a maioria dos empregados que lá trabalhavam, ela foi para a área do museu voltada ao Egito Antigo para descansar enquanto as garotas não haviam chegado (que estava fechado para o público, pois os artefatos haviam acabado de chegar e não estavam prontos para os visitantes).

Passado algum tempo Lily começou a ouvir alguns barulhos estranhos vindo da sala onde estava. Por aquela área não estar aberta para visitação, Lily inicialmente achou que os sons estranhos poderiam ter sido fruto da sua imaginação, e mesmo se deparando com um sarcófago esvaziado e algumas pegadas no chão, não se atreveu a pensar em coisas fora de sua realidade. Com isso, ela resolveu voltar para onde estava, porém no meio do caminho uma mão surgiu e agarrou o seu braço. Naquele momento, Lily conhecia Amom, um príncipe egípcio abençoado pelo deus Rá (o sol), há mil anos adormecido que despertava para cumprir o seu destino na terra mais uma vez, salvando a humanidade junto com seus irmãos. A partir daquele momento, a vida da garota nunca mais seria a mesma e Lily teria que se submeter a uma aventura capaz de definir o futuro da humanidade e, quem sabe, desencadear a fúria dos deuses.

O que achei...

O Despertar do Príncipe foi um livro em que eu tinha altas expectativas. Eu já conhecia a autora pela sua primeira saga, A Saga do Tigre, o qual dispensarei comparações com essa nova história. Aliás, tirando o fato das personagens principais serem jovens e seus pares românticos serem de tempos antigos, não há muitas semelhanças entre as histórias. Kelsey e Lily são muitos diferentes, assim como Dhiren/Kishan e Amom/Ahmose/Asten serem personagens encontrados em condições completamente diferentes.

"Você precisa se permitir sentir... alegria, Jovem Lily. Precisa ter prazer pelo simples fato de estar viva. - Ele disse isso encostando os lábios em uma das minhas mãos, depois na outra. A ironia era que em toda a minha vida eu nunca tinha me sentido mais viva do que naquele instante em que Amon beijou minhas mãos".

Não tive uma das melhores primeiras impressões em relação aos personagens principais. Lily, mesmo sendo confiante e inteligente, qualidades que eu amo, em muitos momentos era bastante infantil para a sua idade e Amom me parecia um pouco estranho, não por agir de forma ultrapassada, o que seria o esperado de quem passou os últimos 1000 anos tirando uma soneca, mas por simplesmente não ser um personagem que havia me cativado logo de cara. Ao decorrer da história me acostumei com ele e passei até a gostar dele, principalmente depois da metade. Acredito que ele será um personagem muito melhor explorado nos próximos livros da saga.

Também gostaria de falar dos irmãos de Amom, Asten e Ahmose, que, para mim, foram indispensáveis na história. Asten era um príncipe ousado e com auto-estima bem elevada, acostumado a ser bajulado e ter várias mulheres a sua disposição, por isso não pensava duas vezes ao tentar seduzir Lily e falar de como ele sempre foi fantástico e... Enfim, ser apenas Asten. Para mim, a presença desse príncipe deu um caráter mais descontraído e cômico em vários momentos do livro. Foi um dos meus personagens favoritos. Ahmose, mesmo não aparecendo tanto, conseguiu me fazer gostar dele mais facilmente do que Amom. É um príncipe de caráter mais preocupado e cuidadoso (e também serve como regulador do ego excessivo do Asten). Não tenho muito o que falar dele, mas achei um personagem bastante agradável.

"Enquanto eu começava a avançar, ouvi Ahmose sussurrar para Asten:
- Eu gosto dela.
- Eu também - respondeu Asten. Então falou mais alto: - Apesar de ela ser uma devota bem ruinzinha, e ter o péssimo hábito de não desfalecer aos meus pés como faria qualquer mulher em sã consciência.
- Nesse caso, gosto ainda mais dela - disse Ahmose".

Quanto ao livro no geral, confesso que no início fiquei um pouco decepcionada com a história. O livro não estava conseguindo me prender e julguei não estar superando minhas expectativas. Porém ao desenrolar da história, passei a achá-lo cada vez mais interessante, até chegar ao ponto em que eu não conseguia parar mais de ler. Colleen Houck fez um ótimo trabalho nas cenas de luta do livro. Quando Amom, Asten e Ahmose se uniam para lutar eu já sabia que não iria conseguir largar o livro até a luta não terminar. A lenda a qual os irmãos fazem parte também foi algo que a autora conseguiu desenvolver lindamente, e isso fez com que a história em si se tornasse muito mais interessante.



Mesmo não atendendo à minhas expectativas totalmente, ao terminar o livro me encontrei desejando loucamente a sequência. Apesar dos pesares, o recomendo bastante. Dei 3,5 estrelas. O livro é o primeiro de uma triologia e o segundo livro, que já recebeu o título de O Coração da Esfinge, tem previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2016.

É isso, espero que tenham gostado! Até a próxima resenha! Espero vocês em marte, beijos de luz!
Vick.


Nenhum comentário:

Postar um comentário